Pessoal,
Estou meio “Zagalo”, adoro o número 13, muitas coisas estão acontecendo com esse número aparecendo por perto, e não posso reclamar.
Assistir um show do The Cure numa sexta-feira 13 já era um bom começo, ainda mais que meus pais estão aqui e a Candinha viria comigo.
Eu nunca havia assistido ao The Cure, nas duas vezes que eles estiveram no Brasil (possivelmente sem o 13 por perto), por vários motivos eu não pude assisti-los. Isso é quase um “big deal”, pois se trata de uma banda que eu sempre gostei muito, sempre acompanhei seus trabalhos e sempre os escuto.
O Cure é uma das melhores bandas, indiscutivelmente, sempre com trabalhos bons, corretos, com músicas que vão da extrema diversão e alegria à melancolia e calma, do tom quase punk e pulsante do início da carreira a melodias hipnóticas e sonhadoras. Apesar de muitos considerarem uma banda dos anos 80, o Cure nunca teve um som ligado a um tempo específico – e nunca soou tão atual. O mais incrível é que se vocês verem fotos de agora, nenhum deles aparenta ter envelhecido – e ao vivo estão mais novos do que nunca.
Chegando no BankAtlantic Center é que deu pra sentir o quanto eles são atuais – o público, diferente de todos os shows que vi nesse ano, era bem jovem (na sua grande maioria).
Eu estava bem empolgado, pois além de ver o Robert Smith, uma das grandes “figuras” da música, eu poderia ver um Cure com outros dois integrantes originais, o baixista Simon Gallup e o guitarrista Porl Thompson. O nome dessa excursão é “4 Tour”, pois é a primeira vez que o Cure adota a forma de quarteto (abolindo um tecladista).
A banda entrou no palco aos sons de sinos-de-vento e longo iniciam com “Plain Song” – foi de tirar o fôlego, é uma música linda e suave.
Daí pra frente foram momentos calmos intercalados pela mais pura diversão.
Foram 36 músicas(!!), 3 horas e quinze minutos de show(!!!), em um repertório muito bem montado, não só por trazer grandes sucessos, mas por permear todos os atributos da bando, seja pelo lado mais calmo como para o lado mais alegre. Não paramos, como todos na arena, de dançar.
Diversos méritos devem ser destacados:
- Parte Técnica: o som estava perfeito e o visual foi incrível, a produção do palco (com projeções de imagem) e as luzes (que davam um perfeito ambiente às músicas) estavam impecáveis e já valiam o show.
- A Banda: estavam na melhor forma possível, o Robert Smith cantou muito bem e está na melhor forma vocal que eu já ouvi, além de tocar muita guitarra. Qualquer banda que se propõe a fazer um show tão longo, é porque curte tocar e sabe que consegue segurar a atenção da galera.
- O repertório: muito bem montado, tocaram tudo o que eu desejava ouvir, além de algumas surpresas e 3(!!) músicas inéditas. Anexei o set-list no final da mensagem.
Algumas bandas, na mesma fase do Cure, adotam uma postura “caça-níquel”, optando por shows burocráticos e sem alma – e foi alma que não faltou nessa apresentação, seja da banda como do público. Foi uma festa, e como eu trouxe o assunto “alma” – as nossas a saíram lavadas.
Até agora, foi – disparado – o melhor show do ano e uns dos que não vou esquecer.
É bom saber que ainda existe rock (criativo e verdadeiro) após os 50 anos.
Não deixem de ver os vídeos que postei na minha página do YouTube: http://youtube.com/user/ces77 .
Té mais!
Ado
SET-LIST
Plainsong (Disintegration, 1989)
Prayers for Rain (Disintegration, 1989)
Alt.End (The Cure, 2004)
A Night Like This (The Head On The Door, 1985)
The Baby Screams (The Head On The Door, 1985)
The End Of The World (The Cure, 2004)
Love Song (Disintegration, 1989)
A Letter To Elise (Wish, 1992)
Want (Wild Mood Swings, 1996)
Pictures of You (Disintegration, 1989)
Lullaby (Disintegration, 1989)
Maybe Someday (Bloodflowers, 2000)
The Perfect Boy INÉDITA
From the Edge of the Green Sea (Wish, 1992)
Sleep When I’m Dead INÉDITA
Push (The Head On The Door, 1985)
Friday I’m In Love (Wish, 1992)
In Between Days (The Head On The Door, 1985)
Just Like Heaven (Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me, 1987)
Primary (Faith, 1981)
Never Enough (Mixed Up, 1990)
The Only One (The Only One – Maxi Single, 2008)
Signal To Noise (Cut Here – Single, 2001)
One Hundred Years (Pornography, 1982)
Disintegration (Disintegration, 1989)
BIZZ 1
If Only Tonight We Could Sleep (Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me, 1987)
The Kiss (Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me, 1987)
BIZZ 2
Freakshow INÉDITA
Close To Me (The Head On The Door, 1985)
Why Can’t I Be You? (Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me, 1987)
BIZZ 3
Boys Don’t Cry (Boys Don’t Cry, 1980)
Jumping Someone Else’s Train (Boys Don’t Cry, 1980)
Grinding Halt (Three Imaginary Boys, 1979)
10:15 Saturday Night (Three Imaginary Boys, 1979)
Killing an Arab (Boys Don’t Cry, 1980)
Bizz 4
A Forest (Seventeen Seconds, 1980)
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