segunda-feira, 14 de novembro de 2011

STING no Filmore Miami Beach (Nov 13th 2011)

Confesso que, quando a Ticketmaster enviou um aviso que ira começar a vender os ingressos de um show do Sting em Miami Beach, pensei um pouco se iria encarar, ainda mais quando não consegui para a primeira data. O show seria em um teatro, haviam poucos lugares para serem vendidos. Consegui para a data extra.
Eu já havia visto a figura outras 3 vezes, duas vezes “solo” e uma vez com o Police – essa última foi arrebatadora. Apesar do Sting ser o único compositor da banda e de ter um trabalho solo que adoro, sempre tive uma certa dificuldade com as muitas “firulas” dele ao vivo, pois o lado camaleão dele fazia com que os shows fossem muito “colcha de retalhos”... Mas com o Police, não, a simplicidade de um trio, dava um peso certo para as composições dele.
A tour atual é uma volta à essa simplicidade, chama-se “Back to Bass”, e ele se apresenta com outros 5 músicos, guitarras, baixo, violino e versões básicas de sucessos do Police e, principalmente, de sua fase solo mais recente – a fórmula funcionou... Disparadamente, foi a melhor apresentação do Sting que já assisti, seja ao vivo como em vídeo.
O show foi no Filmore de Miami Beach, um espaço pequeno e charmoso, não têm lugar ruim. O público, até por conta do preço dos ingressos, era bem mais velho, todo mundo arrumado, parecia noite de ópera.
O palco, simples, sem produção alguma e as luzes, apesar de eficientes, foram simples e monocromáticas.
A banda, nisso uma constante, era perfeita: Sting no baixo, Dominic Miller na guitarra, Rufus Miller (filho do Dominic) na guitarra, Jô Lawry nos backing vocals, o sempre impressionante Vinnie Colaiuta na bateria e, no violino, um rapaz de uns 20 anos chamado Peter Tickell (fantástico).
Sting entrou no palco de camiseta e calça jeans e já mandou “All This Time”, emendando com “Every Little Thing She Does is Magic” e “Seven Days”. Nada de firulas, versões bem cruas, mas muito bem montadas de todas as músicas. Aproveitando o clima meio que “one on one” que um teatro permite, ele passou a comentar todas as músicas, contando como foram compostas, com muita simpatia e humor.
Estava tão tranqüilo que aparentou muito mais jovem que de outras vezes – mesmo com o cabelo raspado (estava a cara do Tafarell).
Valeu a pena, muito, e emplacou como o melhor show do ano, sem qualquer dúvida.

Link para meu vídeo no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=3QqXZ5Ir44Q

SET LIST

All This Time
Every Little Thing She Does Is Magic
Seven Days
Demolition Man
I'm So Happy I Can't Stop Crying
I Hung My Head
Stolen Car (Take Me Dancing)
Driven to Tears
Fortress Around Your Heart
Fields Of Gold
Sacred Love
Ghost Story
Heavy Cloud No Rain
Inside
Love Is Stronger Than Justice (The Munificent Seven)
The Hounds Of Winter
The End of the Game
Never Coming Home

Desert Rose
Every Breath You Take
Next to You

Message in a Bottle

sábado, 16 de julho de 2011

SADE, Bank Atlantic Center - 15 de Julho de 2011

Queridos,

Risquei mais um nome dos shows que faltavam eu ver: SADE.
Apesar de não ser um fã de carteirinha, eu sempre tive a música dela por perto e tenho quase todos os cd’s. Mas uma coisa me surpreendeu: eu imaginava que era uma carreira solo e nunca tinha me aprofundado para saber que na verdade SADE é um grupo, que usa o primeiro nome da cantora (Sade Adu, na verdade Helen Folasade Adu).
Quando comprei os ingressos (em Janeiro), tive a primeira surpresa: pensei que seria um show num teatro, mas estava marcado para a super-arena do Bank Atlantic Center... corajosa, pensei. Segunda surpresa foi que, por conta da demanda, tiveram que marcar uma segunda noite, mas que, pela impossibilidade (da arena) teria que ser no American Airlines Arena (pouca coisa menor do que o primeiro). A segunda noite vendeu como água também.
Chegando no show, nos deparamos com uma platéia diferente: muitos, mas muitos mesmos, casais femininos – não saquei a ligação, mas pelo jeitos elas são fãs da Sade.
Casa lotada.
O show de abertura já valia a viagem: John Legend. Acompanhado de uma bela banda – naipe de metais, trio de vocalistas (coreografadas), etc. O cara fez um show muito animado e intenso.
Pequeno intervalo e começa a apresentação principal... Terceira surpresa: eu imaginava que o show seria “cool”, mas simples, quase uma performance jazz... Engano meu: foi “cool” sim, mas com uma super-produção: super-telão, projeções, palco que se movimentava, mudança de figurinos, banda coreografada. A cada música uma mudança radical de visual – não tinha como você parar. Os arranjos, na sua maioria, obedeciam as versões originais. Ela estava muito bonita e muito simpática – e cantando muito. A banda era muuuuuuuuuuuuuito boa, destacando o saxofonista (e guitarra solo!!!!) Stuart Matthewman.
O set list (colocarei abaixo) apresentou tudo aquilo que os fãs esperam ouvir, mais algumas músicas do trabalho recente (Soldier of Love).
Valeu muito, e recomendo a todos – inclusive se lançarem um DVD dessa tour.
Ado

Links dos vídeos que gravei:
“Kiss Of Live”: http://www.youtube.com/watch?v=mTTYf06SgiE
“Paradise”: http://www.youtube.com/watch?v=6TejySK852s
“Love is Found”: http://www.youtube.com/watch?v=oSa0rbr8E7E&feature=related

Set List:

Soldier of Love
Your Love Is King
Skin
Kiss of Life
Love Is Found
In Another Time
Smooth Operator
Jezebel
Bring Me Home
Is It a Crime
Love Is Stronger Than Pride
All About Our Love
Paradise
Nothing Can Come Between Us
Morning Bird
King of Sorrow
The Sweetest Taboo
The Moon and the Sky
Pearls
No Ordinary Love
By Your Side

BIZZ:
Cherish the Day

sexta-feira, 4 de março de 2011

Hurt So Good - John Mellencamp no Broward Center


O John Mellencamp teve grandes momentos no cenário musical mundial - a década de 80 acabou dando a ele uma exposição considerável, mesmo não tendo um som 80's. Mas não por injustiça e sim, por pura opção, ele resolveu diminuir seu mercado e sua audiência.
Ele ficou americano demais, até pro próprios americanos - abdicou da vida urbana/suburbana para cantar a "Small Town" e o interior americano e sem ser piegas, meloso ou country, foi sempre simples, cru e direto.
Sempre existiram as comparaçōes com o Bruce Springsteen, que de certa forma o atrapalharam, mas enquanto o Springsteen cantava sobre a vida de trabalhadores, o JM se engajava (politicamente e socialmente) na defesa dos pequenos fazendeiros. E foi um engajamento de verdade, foi ele um dos criadores dos movimentos Farm AID e do Rock The Vote.
Isso custou mercado e custou postura.
John Mellencamp têm uma voz inconfundível, melodias fáceis e, principalmente, um som “porrada” – cru e seco.
Da minha famosa listinha dos “que ainda faltam ver”, ele estava no topo. Ontem, pude riscar o nome dele – eu e a Candinha (garantindo um show sempre divertido) fomos assisti-lo num teatro, o Broward Center for Performing Arts, em Fort Lauderdale.
Valeu a pena esperar...
O cara, que completa 60 anos em Outubro, fez um show muito bem montado, sabendo mesclar sucessos antigos (alguns com arranjos bem diferentes) com músicas recentes e muitas novidades (feitas para essa tour), foi acompanhado por uma banda espetacular e muito bem entrosada – tudo isso numa produção simples, mas muito eficaz, pois foi um show visualmente muito bonito.
Ele é uma figura simples e, de certa forma, meio rude (na postura e não no relacionamento com os fãs), esbanjou energia e empolgação.
Tocou desde “Cherry Bomb”, numa versão acapella, a “Check it Out”, “Paper In Fire”, “Small Town” e “Jack & Diane” (num arranjo bem diferente) – não tocou “Hurt So Good”, coisa que ele já não faz há tempos... mas não fez falta.
Foi um show excelente, memorável e muito divertido – não paramos por nenhum momento. Valeu, e muito, esperar esse tempo todo.

Confiram os vídeos que gravei ontem:

“Paper In Fire” : http://www.youtube.com/watch?v=MYtp7Mq8Ee4
“Small Town” : http://www.youtube.com/watch?v=aLJbcCOezsc
“What If I Came Knocking” : http://www.youtube.com/watch?v=Hc9XDp06_EQ
“Cherry Bomb” : http://www.youtube.com/watch?v=JT0WWF_PoAo

Ado