sexta-feira, 24 de setembro de 2010

My My Hey Hey - Neil Young no Hard Rock Live, Hollywood FL, 23/09/2010

Neil Young é alguém para ser respeitado, mas nunca foi unânimidade – ou você o ama ou você o odeia. Sempre foi assim.
Além disso, é um artista que, apesar de manter um padrão “fora do comercial”, acabou adotando facetas diferentes: existe o Neil Young mais acústico, existe o Neil Young que quando está com a banda Crazy Horse é mais rock’n’roll e distorcido, existe o Neil Young que trabalhou (e ajudou muito) o trio Crosby, Stills & Nash, etc.
O meu primeiro disco dele foi “Hawks & Doves”, no estilo acústico, sem o Crazy Horse. Mas, naquela época, não era um dos apaixonados.
Muito tempo depois, me 1998, eu e a Candinha estávamos fazendo uma linda viagem pelo sudoeste americano e ,em um dia, atravessamos o Novo México e parte do Arizona, dirigindo pelo deserto. Por todo percurso ficávamos ouvindo rádios locais de Classic Rock ou de Country Rock e no Arizona, perto de Flagstaff, bem no cair da tarde do deserto, uma rádio começou a tocar “My My Hey Hey”... Foi impressionante, aquela música, o cenário, etc. Desde aquele momento a me tornei membro do time dos apaixonados pelo Neil Young – principalmente a sua faceta acústica.

Na última quinta-feira, fui ao Hard Rock Cassino para assistir ao show “Neil Young Solo” – e foi assim mesmo – só ele, sem banda alguma.
Antes dele entrar, a platéia foi brindada com uma bela apresentação do “piano legend” Allen Toussaint: foi muito bom. Ele é compositor famoso (os Stones gravaram duas ou três musicas dele), além de um excelente produtor (produziu o hit “Lady Marmelade”) e, com 72 anos, fez um show cheio de competência ( para os que estiverem curiosos, o link http://www.youtube.com/watch?v=a4VKMkVF0P8&feature=player_embedded explica bem que é o cara.

Quando o Neil entrou, caminhando lentamente pelo palco, eu levei um susto: o cara é alto. Ele sentou num banquinho e, para meu deleite, começa o show com “My My Hey Hey” – eu não precisava de mais nada.
Daí pra frente - eu já estava anestesiado – ele alternava instrumentos: trocou violões, tocou (de pé) guitarras, com bastante distorção, tocou piano-elétrico e um gran piano e até um órgão-de-fole (do tipo das igrejas) – que foi um momento lindo. O palco era cheio de instrumentos e ele vagava de canto a canto de acordo com cada música. Nem de longe, houve algum momento de monotonia: a performance era tão rica e as letras tão diretas, que a platéia ficou envolvida o tempo todo.

O set list foi:

Hey,Hey, My My
Tell Me Why
Helpless
You never call
Peaceful Valley
Love and war
Down By The River
The hitchhiker
Ohio
Sign Of Love
Leia
After the Gold Rush
I Believe In You
Cortez the Killer
Cinnamon Girl

Bizz:
Old Man
Walk with me


Daquelas noites que você sai com a alma renovada.

Bjs,

Ado

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