segunda-feira, 15 de novembro de 2010

The Wall LIVE - Bank Atlantic Center, Nov 13th 2010


Falar sobre o THE WALL é chover no molhado... ele, por si só, já merece uma matéria específica nas faculdades de artes e psicologia. O seu único azar é que o Pink Floyd também lançou, anos antes o DARK SIDE OF THE MOON, outro clássico, mas esse último prima pela perfeição musical, enquanto o The Wall é quase teatral/visual.
O disco foi lançado em 1979, foi um grande sucesso mundial e entre 1980 e 1981 a banda fez uma tour, por somente 4 cidades e a produção marcou a história – foram feitas animações específicas só para esses shows, muitos efeitos etc. A pureza artística do baixista/letrista Roger Waters fez com que ele declinasse de expandir a tour. O material cinematográfico usado nos shows, serviu como base para o filme, Pink Floyd’s The Wall, lançado em 1982.
Após a separação da banda, o Roger Waters adquiriu, com justiça, a “propriedade” da obra – pois era exatamente sobre a experiência de vida dele: a perda do pai na Segunda Guerra Mundial, a superproteção da mãe, o rigor das escolas britânicas e por aí vai.
Agora, com 67 anos, Roger Waters decidiu construir o “The Wall” novamente, numa superprodução de mais de US$ 60 milhões e está percorrendo os EUA e a Europa (dessa vez serão muitas cidades).
Os ingressos para as duas apresentações aqui no sul da Flórida foram esgotados em menos de duas horas e, graças a sábia estratégia de me filiar ao fã clube do figura, os meus lugares foram bons e garantidos.
Sábado, dia 13 de Novembro, o Bank Atlantic Center estava lotadinho, na platéia gente de todas as idades (muitos pais trazendo filhos).
Pra quem esperava uma sessão nostálgica, uma surpresa: houve um cuidado em atualizar a obra, colocando, com muita evidência, as atuais guerras em contexto, o que deixou tudo muito mais forte e marcante.
A produção é impressionante: infláveis, marionetes gigantes, pirotecnia (um avião cruzou a arena e explodiu num dos cantos do palco) e projeções impressionantes – por parte do show, o muro toma conta do palco e a banda fica escondida, as projeções tomam conta da condução do show. Num dos momentos mais bonitos, são projetadas imagens reais de crianças recebendo seus pais, vindo da guerra – foi de emocionar.
Como era de se esperar, ao final do show, o muro desaba – outro momento impressionante.
Nem de longe, esse show pareceu uma “visita ao museu”: e o mérito disso não fica, só, para a produção, a obra é muito atual e isso foi o que me impressionou mais.
Inesquecível.

Ado

Obs: postei alguns vídeos no meu canal no You Tube:
http://www.youtube.com/user/ces77?feature=mhum

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