Neil Young é alguém para ser respeitado, mas nunca foi unânimidade – ou você o ama ou você o odeia. Sempre foi assim.
Além disso, é um artista que, apesar de manter um padrão “fora do comercial”, acabou adotando facetas diferentes: existe o Neil Young mais acústico, existe o Neil Young que quando está com a banda Crazy Horse é mais rock’n’roll e distorcido, existe o Neil Young que trabalhou (e ajudou muito) o trio Crosby, Stills & Nash, etc.
O meu primeiro disco dele foi “Hawks & Doves”, no estilo acústico, sem o Crazy Horse. Mas, naquela época, não era um dos apaixonados.
Muito tempo depois, me 1998, eu e a Candinha estávamos fazendo uma linda viagem pelo sudoeste americano e ,em um dia, atravessamos o Novo México e parte do Arizona, dirigindo pelo deserto. Por todo percurso ficávamos ouvindo rádios locais de Classic Rock ou de Country Rock e no Arizona, perto de Flagstaff, bem no cair da tarde do deserto, uma rádio começou a tocar “My My Hey Hey”... Foi impressionante, aquela música, o cenário, etc. Desde aquele momento a me tornei membro do time dos apaixonados pelo Neil Young – principalmente a sua faceta acústica.
Na última quinta-feira, fui ao Hard Rock Cassino para assistir ao show “Neil Young Solo” – e foi assim mesmo – só ele, sem banda alguma.
Antes dele entrar, a platéia foi brindada com uma bela apresentação do “piano legend” Allen Toussaint: foi muito bom. Ele é compositor famoso (os Stones gravaram duas ou três musicas dele), além de um excelente produtor (produziu o hit “Lady Marmelade”) e, com 72 anos, fez um show cheio de competência ( para os que estiverem curiosos, o link http://www.youtube.com/watch?v=a4VKMkVF0P8&feature=player_embedded explica bem que é o cara.
Quando o Neil entrou, caminhando lentamente pelo palco, eu levei um susto: o cara é alto. Ele sentou num banquinho e, para meu deleite, começa o show com “My My Hey Hey” – eu não precisava de mais nada.
Daí pra frente - eu já estava anestesiado – ele alternava instrumentos: trocou violões, tocou (de pé) guitarras, com bastante distorção, tocou piano-elétrico e um gran piano e até um órgão-de-fole (do tipo das igrejas) – que foi um momento lindo. O palco era cheio de instrumentos e ele vagava de canto a canto de acordo com cada música. Nem de longe, houve algum momento de monotonia: a performance era tão rica e as letras tão diretas, que a platéia ficou envolvida o tempo todo.
O set list foi:
Hey,Hey, My My
Tell Me Why
Helpless
You never call
Peaceful Valley
Love and war
Down By The River
The hitchhiker
Ohio
Sign Of Love
Leia
After the Gold Rush
I Believe In You
Cortez the Killer
Cinnamon Girl
Bizz:
Old Man
Walk with me
Daquelas noites que você sai com a alma renovada.
Bjs,
Ado
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Still Young at Heart...
Tears For Fear, em Fort Lauderdale (31/08/2010)
Eu tenho um certo receio dos shows do tipo “revival” ou dos “dinossauros” dos 70’s e 80’s. Na maioria das vezes que fui assistir, saí decepcionado ou com pena. Esse era o meu medo quando decidi comprar os ingressos para assistir ao Tears For Fears, numa tour pequena, sem estar lançando material novo – parecia um desses shows furados. Ainda bem, que, desta vez, o meu medo não tinha razão de ser...
O show aconteceu no Broward Center of the Performing Arts, um belo teatro – o que garantiu, além de uma acústica perfeita, uma perfeita proximidade, não haviam lugares ruins.
Platéia “experiente” – a idade média devia beirar os 50 anos – mas como sempre, isso garantia uma dose extra de empolgação.
Eles abriram o show com uma versão nova de “Mad World” (usando o play-back de um coral no fundo, ficou muito legal) que foi logo seguida por “Everybody Wants to Rule the World. E assim foi, hit seguido por hit, uma overdose – tudo muuuuuuuito bem tocado, versões perfeitas, uma banda maravilhosa. Destaco a performance em duas músicas: “Advice For The Young At Heart” simplesmente perfeita e “Pale Shelter” a minha favorita. Fizeram, ainda, uma versão bem interessante de “Billie Jean” do Michael Jackson.
Os dois, Curt Smith e Roland Orzabal, além de muito simpáticos e a vontade, demonstravam que estavam curtindo aquilo que estavam fazendo, sem forçar nada. Melhor assim.
Eu tenho um certo receio dos shows do tipo “revival” ou dos “dinossauros” dos 70’s e 80’s. Na maioria das vezes que fui assistir, saí decepcionado ou com pena. Esse era o meu medo quando decidi comprar os ingressos para assistir ao Tears For Fears, numa tour pequena, sem estar lançando material novo – parecia um desses shows furados. Ainda bem, que, desta vez, o meu medo não tinha razão de ser...
O show aconteceu no Broward Center of the Performing Arts, um belo teatro – o que garantiu, além de uma acústica perfeita, uma perfeita proximidade, não haviam lugares ruins.
Platéia “experiente” – a idade média devia beirar os 50 anos – mas como sempre, isso garantia uma dose extra de empolgação.
Eles abriram o show com uma versão nova de “Mad World” (usando o play-back de um coral no fundo, ficou muito legal) que foi logo seguida por “Everybody Wants to Rule the World. E assim foi, hit seguido por hit, uma overdose – tudo muuuuuuuito bem tocado, versões perfeitas, uma banda maravilhosa. Destaco a performance em duas músicas: “Advice For The Young At Heart” simplesmente perfeita e “Pale Shelter” a minha favorita. Fizeram, ainda, uma versão bem interessante de “Billie Jean” do Michael Jackson.
Os dois, Curt Smith e Roland Orzabal, além de muito simpáticos e a vontade, demonstravam que estavam curtindo aquilo que estavam fazendo, sem forçar nada. Melhor assim.
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