quarta-feira, 9 de junho de 2010

Carole King & James Taylor - Troubadour Reunion Tour


Em janeiro de 1985, eu fui ao primeiro Rock In Rio – o verdadeiro – mas por conta de um detalhe – meu vestibular – eu só pude assistir aos 3 últimos dias do festival. Acabei assistindo tudo aquilo que eu queria ver na época (e principalmente o Queen) e o que faltou assistir, acabei conseguindo no decorrer dos anos. Faltava só um: James Taylor.
Ele a a Carole King, em 1970, fizeram uma temporada (seis noites) antológicas no famoso bar/nightclub Troubadour de Los Angeles. Para comemorar os 40 anos destes shows, ambos se juntaram a banda original e estão rodando os EUA com a “Troubadour Reunion Tour”.
A banda, por sinal, é maravilhosa: no baixo, o barbudo Leland Sklar, na guitarra Danny Kortchmar , o Russ Kunkel na bateria e por aí vai.
Fui assisti-los no último sábado, o show foi no Bank Atlantic Center, que é bastante grande para esse tipo de apresentação (mais intimista) – só que funcionou muito bem. A produção era bem sofisticada: o palco era central e se movia (girava), para que todos pudessem vê-los, a iluminação e os telões também garantiram a proximidade e a sofisticação que ambos mereciam.
O James Taylor, apesar de aparentar (bastante) a idade, estava em excelente forma, cantando e tocando muito, além de muito simpático e engraçado em alguns momentos. Mas o ponto alto foi a Carole King – uma das mais importantes compositoras da história do rock, excelente pianista e dona de um timbre vocal inconfundível. Foi uma surpresa a performance dela – empolgada e muito cativante.
Estou anexando o link de um vídeo que fiz, compilando os melhores momentos da noite: http://www.youtube.com/watch?v=gCYla92hIP4.
Abração a todos.
Ado

domingo, 25 de abril de 2010

Two "Midnight Specials" to go...

No rock, a melodia é o forte dos ingleses – eu acho que isso serve para a música em geral e o mérito é verdadeiramente da Irlanda. Os E.U.A., são o berço, mas têm como forte a energia e o ritmo. No rock americano, existem 3 estilos que são imbatíveis e ninguém consegue copiar: o “Road Rock”, o “Southern Rock” e o “Jersey’s Urban Rock” – todos bem temperados por influências do Country Music. Representam o “rock do proletariado americano”.
O “Road Rock” (Eagles, Bob Seger, Poco, Firefall, etc) eu deixo para outro texto.
O “Southern Rock” é bem distinto, com um arrasto bem blues. O Jersey é a demonstração que New Jersey pode mandar em New York – pelo menos na música – e têm o Bruce “The Boss” Springsteen como seu maior expoente.
Na última semana, tive a oportunidade de assistir a dois expoentes de cada um desses dois últimos gêneros: no dia 18 fomos (eu e a Candinha) assistir ao Bon Jovi, puro “Jersey Rock” e no dia 22, foi “solo”, assistir ao incrível John Fogerty, “o cara” do “Southern Rock”.
- Bon Jovi: a Candinha chama “Muito Bom Jovi”. Eu havia assistido um show deles no Brasil, em 1993 – a Receita Federal brasileira havia retido parte do equipamento e a produção do show foi mínima – mesmo assim foi um bom concerto. Agora, a qualidade da produção foi impressionante: a tour chama-se “The Circle” (idem ao último CD) e o palco e a iluminação foram muito legais, com destaque aos telões que movimentavam e se transformavam em passarelas e partes do palco. A banda estava muito boa – musicalmente eles chegam a estar superiores ao passado, um som cristalino e a performance com muita competência. Não dá pra deixar de lembrar do Bruce Springsteen, mas seria injusto dizer que o Bon Jovi é mera cópia – é uma banda que merece o público e o sucesso que têm – e sobre o público, uma grata surpresa: muita, mas muita, gente jovem, um claro sinal do poder de renovação da banda e do estilo.
- John Fogerty: pra quem está perguntando “Queeeemmmm??”, trata-se do compositor, do guitarrista e da voz do Credende Clearwater Revival. Só. Talvez uma das figuras mais importantes do rock: o cara escreveu “Proud Mary”, “Suzie Q”, “Have You Ever Seen the Rain?”, “Lodi” e muito mais. O show foi no Hard Rock Cafe and Casino, não muito longe de casa. A platéia era, quase toda, da terceira idade. Mas um dos shows, musicalmente falando, mais bonitos que eu pude assistir. Além de toda a virtuose do Mr.Folgerty (um “jovem” de 64 anos), ele veio acompanhado de uma banda fantástica. Todas músicas impressionaram pela qualidade de todos os músicos na banda – destacando o baterista, Kenny Aranoff, impressionante. O repertório foi perfeiro: abriu o show com “Hey Tonight” e daí pra frente só clássicos – “Who’ll Stop The Rain”, “Green River”, “Looking At Your Back Door”, “Midnight Special” – mais todos os outros clássicos acima, etc. Fiquei impressionado com a energia e a disposição do cara – parecia um menino. Deu gosto de ver.

Eu coloquei alguns vídeos de ambos os shows em minha página do You Tube: http://www.youtube.com/user/ces77

Um beijão para todos,

ADO

sábado, 20 de março de 2010

Um dia especial!



Amigos,

Que eu sou fã do KISS, todo mundo já sabe. Também sabem que a admiração foi transferida para a Candinha e meus filhos – somos fãs e fomos, juntos, ao show que eles fizeram aqui no final de Outubro do ano passado.
Do Kiss, todos sempre se lembram do Gene Simons, aquele cara grande, que vive com a lingual (enorme) de fora, com a pintura de “vampiro”. Mas o vocalista principal e “líder” nas apresentações é o Paul Stanley – aquele que têm a pintura de uma estrela. Eu sempre gostei mais dele – um excelente “showman”, um ótimo vocalista e responsável pelas melhores músicas da banda.
Ontem, sexta-feira, estava indo para o trabalho e ouvi na radio uma entrevista dele, Paul Stanley – ele estava na Florida, promovendo uma série de exposições, pois também é um pintor, que conta com a aprovação de muitos críticos e marchands (com mais de 20 anos nessa carreira paralela). Na radio, fiquei sabendo que ele iria estar em uma galeria (bem pequena por sinal), na Alameda Las Olas em Fort Lauderdale.
Hoje, às 11:50, estávamos lá, junto com umas 15 pessoas – eu estava “passado”, a Candinha pronta para chamar os paramédicos, a Maria com o celular pronto para as fotos e o Pedro, quietinho, com um sorriso de orelha a orelha.
Ele chegou, simpático, calmo e extremamente paciente. Ficamos na fila “em estado de graça”.
Quando chegou nossa vez – ele gastou 10 (dez) minutos conversando comigo, com as crianças e com a Candinha, explicou os quadros dele, falou de seus filhos (principalmente da Sarah, a filhinha de 13 meses). Calmo, simpático e simples: nos tratou com muito carinho.

Foi um momento muito especial para nós – não só pelo fato de poder encontrar um “ídolo”, mas porque me lembrei de muitos amigos (inclusive de gente que não está mais por aqui) que vibrariam, da mesma maneira que eu, com esses minutos.

Um beijo,

ADO

segunda-feira, 15 de março de 2010

Divindade em Dose Dupla: Eric Clapton e Roger Daltrey no Bank Atlantic Center

Amigos,

Eu não gosto do John Mayer. Ele até pode ser “tecnicamente” bom, vende bem ,etc, mas acho ele um babaca e um artista sem personalidade. Me dá até arrepio quando vejo agumas comparações dele com o Eric Clapton – não é justo.
Por isso e para “purificar a alma” deixei passar a oportunidade e fui assistir ao “God” no Bank Atlantic Center na última quinta-feira (dia 11/03). Não era o único “God”: o show de abertura era com, nada mais nada menos, Roger Daltrey. Não dá pra deixar passar.
Às 7:30 da noite o “baixinho” do The Who, Roger Daltrey, adentrou o palco com uma banda respeitável: todos com idade para serem filhos dele, mas muito competentes. O set list misturou algumas canções da carreira solo (nenhum sucesso óbvio e todas com uma batida bem “irish folk”) com sucesso do Who. Tocou “Behind Blue Eyes”, “Who Are You”, “Going Mobile” e “Baba O’Riley”. Foi um show muito bom, animado, apaixonado e competente. O cara ainda canta muuuuito.
O Eric Clapton entrou no palco pouco depois das 8:30, vestindo uma calça jeans, uma camisa azul com as mangas dobradas, dock-siders e óculos enormes – mais “cool” impossível. Abriu a noite com “Going Down Slow” emendando “Key to the Highway” e “Tell The Truth” – o set list vai postado abaixo. Som cristalino e perfeito, Mr.Clapton tocando muito, cada vez melhor, muito simpatico e com uma banda maravilhosa: o lendário Steve Gadd na bateria, Willie Weeks no Baixo, Chris Stainton e Walt Richmond nos teclados e as vocalistas Michelle John e Sharon White. A produção, apesar de simples, foi bastante competente, garantindo um show visualmente rico mas sem nenhum exagero.

Divindade em dose dupla em uma noite de puro “Rock & Roll Salvation”.


Vejam os videos:
Roger Daltrey: http://www.youtube.com/watch?v=r2wTUmnnmtM
Eric Clapton: http://www.youtube.com/watch?v=fy0SqZfptqY

Set List do Eric Clapton

Going Down Slow
Key To The Highway
Tell The Truth
Old Love
I Shot the Sheriff
Driftin' Blues
Nobody Knows You When You're Down and Out
Running On Faith
Layla (Versão Acústica)
I've Got a Rock 'n' Roll Heart
Badge
Wonderful Tonight
Before You Accuse Me
Little Queen of Spades
Cocaine
BIZZ:
Crossroads

Um abraço,

ADO

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Meia-Maratona ING Miami 2010



Torcida,

No último domingo, como parte dos objetivos traçados em meu treinamento, participei da meia-maratona de Miami, um dos eventos mais festejados pela cidade.
Diferente da minha primeira experiência, na Disney, essa prova foi mais fácil (apesar de parecer muito mais longa):
- O clima ajudou muito: na largada os termômetros marcavam 20˚C (muito mais agradável do que os -5˚C da Disney) e o transcorrer da prova aconteceu sob um céu nublado e sem chuvas (somente uma leve garoa que durou poucos minutos).
- A quantidade de corredores era um pouco menor que a da Disney: as duas provas, maratona e meia-maratona, partiram juntas e só foram separadas perto da nossa chegada.
- Os corredores de Miami eram mais jovens e estavam levando a corrida mais a sério: o que garantiu um fluxo muito mais rápido.

O percurso foi muito bonito: a largada foi na American Airlines Arena, seguimos para South Beach pela Macarthur Causeway, com todos os navios de cruzeiro iluminados, South Point, Ocean Drive, Washington Ave, voltando para Downtown pela Venetian Causeway, Miami Ave, Flagger St e a chegada foi no BayFront Park (logo depois do Hotel Interncontinental).
Muita torcida, o que garantiu momentos bem divertidos – é sempre engraçado você ver uma placa “Arriba Guatemaltecos!” ao lado de uma bandeira de Israel, equanto você está correndo ao lado de um grupo de canadenses (de Quebec) que passaram boa parte da corrida gritando “Aller Aller Aller”...
O importante: completei a prova, sem para um único momento, com um tempo 7 minutos mais rápido do que a prova da Disney. Terminei no lugar 6.372, num total de 11.277 corredores (1/2 maratona). Meu tempo: 02hs:25min:26seg. E cheguei inteiro.

ADO

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sangue, Suor e Neve! - Meia Maratona da Disney


A Florida sempre foi o paraíso para quem quer fugir do inverno – tanto que, por aqui, a alta temporada é exatamente no inverno (Dezembro a Fevereiro), quando canadenses, americanos do norte e europeus invadem nossa área, lotando restaurantes, shoppings e até praias. Eu digo até pois, normalmente, o nosso inverno é bem tranqüilo, o frio vem em ondas de 3 dias, batendo normalmente mínimas de 17˚C e máximas de 26˚C. Em janeiro de 1977 houve algo fora do normal, uma neve (bem rala e leve) caiu por alguns minutos em Miami e Orlando, coisa que ficou na história.

Agora, 33 anos depois, a coisa se repetiu (em partes): não nevou em Miami, mas o frio foi mais intenso que em 77. Em Orlando a neve ocorreu, leve e rala, às 4:45 da manhã de Sábado, dia 09 de janeiro. Como eu sei? Eu estava lá, no estacionamento do Epcot Center (Disney), esperando – quase congelando – a minha largada na Meia Maratona da Disneyworld.

Louco? Pode até ser. Quando eu soube que o frio ia bater forte, eu até pensei em desistir, mas essa corrida era o marco do meu primeiro objetivo: correr uma meia-maratona.

Lembro aos amigos: anterior a 2009, minha experiência como corredor de longas distâncias era nula.... correr 1km era algo bem difícil para mim.

A preparação foi tranqüila, sem pressão, curtindo cada fase – fiz duas provas preparatórias, uma corrida de 5km e outra de 10Km. E terminei minha preparação para a meia-maratona com a marca de 17.7Km completos ( a prova era de 21 Km).

Havia uma motivação extra: o meu querido amigo Xeco iria fazer a prova também – ele um corredor experiente, “no ramo” uns 7 anos e uma das pessoas que me ajudou em dicas e na inspiração para a prova.

A largada do meu pelotão estava marcada para as 6:00 da manhã, o último ônibus para a “concentração” partiu as 4:00 (!!!). Fiquei esse tempo todo, no estacionamento do Epcot, esperando a corrida... aí veio a neve!

Nada do Xeco – era muita gente, impossível combinar um local de encontro. Como eu estava com 3 camadas de roupa (corri assim até o final), não deu pra sentir tanto frio... depois ficou até gostoso.

Foram mais de 17 mil participantes, uma multidão – e esse foi o maior desafio pra mim. Foi muita gente no caminho, fazendo que meu ritmo de corrida fosse levemente inferior ao que treinei.

O importante é que completei a prova, num nível cardíaco excelente, sem parar de correr o percurso inteiro, em 2hs:32minutos. De 17.102 corredores que finalizaram a prova, eu fui o número 7.956.

Acabei encontrando o Xeco somente no dia seguinte – fomos comemorar a corrida na Oktoberfest do restaurante do pavilhão alemão no Epcot Center.

Em duas semanas vou encarar outra meia-maratona – essa aqui em Miami mesmo. Mas já que peguei o gostinho pra coisa, vou iniciar a preparação para uma maratona (inteira, 42Km)... Ou a da Disney (daqui 1 ano) ou a de New York (em Novembro).

Tô dentro!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Só por causa do Vavá...

Eu confio muito na minha “personalidade musical”, defendo – quase que sozinho – algumas das bandas e artistas que escuto e acompanho, o Kiss é um bom exemplo disso, e por aí vão outras escolhas pessoais e isoladas: Lloyd Cole, Bob Dylan, Led Zeppelin, Stones, Beatles, etc. Outras bandas/artistas fazem parte da “soundtrack of my life” por pura influência e teimosia de amigos. O Vavá têm muitos créditos nisso. Um deles é a Steve Miller Band.

A primeira vez que eu os escutei foi com o estouro de “Abracadabra” em 1982 – eu sempre gostei do solo de guitarra, estilo “chicote”, da música. Depois disse, me recordo bem do Carlos Ricardo cantando, constantemente, “Jet Airliner”. Mas foi a insistência do Vavá que me fez descobrir mais algumas jóias, como “The Joker”, “Take the Money and Run” e aí vai. Tenho que confessar que, de todos os seus discos, o que mais escutei foi o “Born 2 Be Blue”, uma aventura no smooth-jazz que todo fã-de-carteirinha torce o nariz, mas eu gosto, pois destaca o grande estilo na guitarra dele – o cara aprendeu seus primeiros acordes, aos 5 anos, com ninguém menos que o Les Paul.

Ontem, dia 17, fui conferir, mais como uma homenagem ao meu amigo Vavá, ao show da Steve Miller Band na arena do Hard Rock Cassino. Não me arrependi, foi um belo show – obrigado Váv’s.

Existem roqueiros que são bons músicos – graças ao bom pai, não são poucos – e existem bons músicos que, também, além de outros estilos, tocam um bom rock – esses são mais raros e o Steve Miller é um deles.

Começaram o show com a fantástica “Swingtown”, emendaram “Serenade” e “Abacadabra” e depois disso mergulharam em muito blues – com direito a bons covers do Muddy Water, Bo Diddley e John Lee Hooker. Um banho de swing e strutting blues, com muito improviso. A galera mais “radical” chegou a fazer bico – queriam os clássicos e ele atendeu: pegou um violão 12 cordas e emendou um set acústico (sozinho) com alguns clássicos do início da carreira e com “The Joker” – que foi cantada por todos na arena. O set acústico foi a ponte para a parte mais “country rock” (“Dance Dance Dance” e “Take the Money and Run) que depois progrediu para a fase “space blues” com “Flight Like the Eagle”, “Junglelove” e “Rock’n’ Me”.

Uma coisa bonita: ele trocou de guitarras muitas vezes (deve ter usado umas 10), mas a cada nova ele gastava um tempo para explicar as características de cada uma delas – ele pegava cada instrumento com respeito e a devida deferência.

A banda foi excelente – apesar da ausência do Norton Buffalo (harmônica), que veio a falecer (câncer) em setembro – destacando uma figura: Sonny Charles, que foi vocalista do grupo R&B “Checkmates”, que garantiu um show a parte fazendo os backing vocals e dançando (ele têm 69 anos), confiram a figura no link a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=kF-MH3QNxXs.

No final do ano passado, a rede de TV CBS fez uma matéria sobre o Steve Miller que vale a pena ser vista, são pouco mais de 8 minutos e consegue fazer um bom apanhado da vida do cara (não deixem de assistir):

http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=47075981

Valeu. Ponto pro Vavá... novamente.

Ado

sábado, 24 de outubro de 2009



Pessoal,

O meu começo como fã de “rock’n’roll” teve três bandas “pilares”: o Queen, cujo “Live Killers” foi o meu primeiro “rock album”, o Kiss e os Rolling Stones. No começo, comecei a dominar a discografia do Queen, comprei uns 3 ou 4 discos, depois disso é que comprei o meu primeiro álbum do Kiss, foi o “Destroyer”, passei a ouvir, muito, a banda. Depois vieram os Stones, mas isso é outra conversa...

O Kiss é um dos maiores sucessos comerciais da história da música – não tanto pela venda de discos, mas, muito mais pelo todo aparato comercial que os caras montaram: produtos, merchandising, vídeos e, seu grande mérito, sempre foram uma grande banda “ao vivo”, montando shows intensos, muito bem produzidos e muito divertidos.

O maior, e mais ativo, fã-clube de rock é do Kiss – o Kiss Army – tão organizado e grande que ele costumam ter 3 ou 4 convesões internacionais por ano, com direito a ter a própria banda tocando para eles.

Quem é fã do Kiss não defende os méritos musicais da banda – que existem, antes que qualquer um enfie uma faca – pois o ponto não é esse: o Kiss é diversão.

Eles estão em uma nova tour – que de nova mesmo não têm quase nada – trata-se da tour que comemora os 35 anos do álbum “Kiss Alive”, um dos maiores sucessos da banda e o “ao vivo” mais vendido na história do rock.

Quando marcaram uma data para o sul da Florida, não tive dúvida, comprei quatro ingressos e decidi comemorar meu aniversário, no show, com a Candinha a Maria Eduarda e o Pedro Henrique. Maluco? Não, bem longe disso, éramos uma das muitas e muitas famílias lá – tinha até bebê de colo pintado feito o Gene Simmons.

A Maria e o Pedro, que conhecem (desde bebês) a maioria das músicas, estavam adorando tudo – e o papai em estado de graça.

Quando as luzes apagaram, uma voz rouca grita: “Hello Fort Lauderdale, You wanna the Best, You got the Best, The hottest band in the world ... KISS !” A cortina que cobria o palco cai e no meio de fogos e explosões a banda inicia o show com “Deuce”. Louuuuucura: o Pedro pulava, a Maria dançava, a Candinha gritava e eu não sabia pra onde olhar – se para a banda ou para eles.

O show teve tudo que manda a tradição, ou melhor “o culto”: explosões, fogos, plataformas elevantes, Gene Simmons cuspindo sangue e voando, guitarras que atiram fogos, etc. Uma festa.

A Maria dançou o show inteiro, o Pedro chegou a ficar rouco, apesar de dormir depois da metade, acordou no final para cantar, em conjunto com a família, o “hino” “Rock’n’Roll All Nite (and Party Everyday)”.

Por isso repito, existem bandas que podem ser musicalmente bem superiores, mas o Rock é, antes de tudo, diversão – se essa pode ser compartilhada, num show como esse, com toda a família: não têm preço e nem idade.

We got the Best !

Beijos,

ADO

Obs: vejam os vídeos na minha página do YouTube: http://www.youtube.com/user/ces77

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Disney’s Race For The Taste 2009 – 10Km


Esse negócio de correr pegou bem, estou adorando. Não só te ocupa com um hobby extremamente saudável, como também, te envolve em eventos e situações bem divertidas.

Para minha segunda corrida, escolhi a prova de 10km chamada “Race For The Taste” que é realizada na Walt Disney World. O nome da prova é uma homenagem ao evento “Food & Wine Festival” que acontece no Epcot Center nos meses de outubro e novembro. Para mim, é a melhor época para visitar a Disney, o festival é fantástico, existem as festas de Halloween para as crianças e, normalmente, o clima é bem agradável. Normalmente, mas não nesse final de semana: a Florida está sofrendo com uma onda de calor, fora de época, que nos deixou com uma média de 36˚C na sombra. Para a corrida a coisa foi diferente, o início foi programado para as 7:00 da manhã, muito mais fresco do que o restante do dia.

Deixei a família no hotel – eles iriam me encontrar somente na linha de chegada – e, às 5:45 eu já estava no Word Wide of Sports, um complexo gigantesco de esportes que fica na entrada da Disney. Eu e uma multidão, foram 5 mil inscritos. A largada foi uma festa: rock’n roll no sistema de som, gritaria, fogos de artifício e o Pateta dando tchau, etc. O percurso passava por algumas estradas, por dentro do Disney’s Studios, pelo Boardwalk, por dentro do Epcot Center, terminando no estacionamento do mesmo. Fiz todo o percurso sem parar de correr e num ritmo superior ao meu normal. Quase na linha de chegada a Candinha e as crianças estavam fazendo a maior festa e o Pedro ficou muito impressionado que, na linha de chegada, estavam o Mickey e a Minnie para recepcionar os corredores (para ele, Pedro, estavam lá só pro “Daddy”).

Vamos ao que interessa, tempos e resultados:

- Chegaram 4.013 corredores e o meu tempo, 1h:04min:30seg foi o de número 1.325.

- O tempo médio para essa prova foi de 1h:19min:45seg.

- Dos 7 brasileiros que participaram, eu fui o terceiro.

- Se vcs se lembram, a prova de 5Km que fiz no mês passado foi completada em 33min e 40 seg. Ou seja, estou melhorando meu tempo.

-

Tenho que destacar os resultados por conta da “torcida” dos cu-nhados, que fazem críticas ao meu esforço e nos últimos tempos só têm batido recordes de levantamento de copos (vinho no caso do Tavinho; e suco de morango no caso do Mauro e Marcelo).

Valeu a pena – as crianças curtiram um monte, a Candinha ficou até emocionada e eu aproveitei bastante.

Para os mais curiosos, encontrei um vídeo postado no YouTube que reporta, de forma breve, a corrida: http://www.youtube.com/watch?v=8w7xmJJv9MA

Beijão!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O Fogo Inesquecível


Fogo Inesquecível...

Quando o U2 anunciou as datas e cidades dos shows da 360˚ Tour nos EUA, houve uma grande revolta na galera do sul da Florida – o único show no estado iria acontecer em Tampa, tudo por conta de conflitos com datas de jogos de futebol. Aparentemente, a produção do show precisava de, pelo menos, 5 dias para montar o evento – entendi isso depois...

Na última sexta-feira, dia 09 de outubro, com toda a família, me mandei pra Tampa – é sempre bom voltar aos EUA, isso mesmo, pois é nessas horas que a gente se lembra que Miami não está , em mente, no mesmo país. O show foi no estádio Raymond James, o mesmo onde foi realizado o último SuperBowl, a galera estava animadíssima e a grande surpresa era o palco – uma estrutura nababesca instalada no meio do gramado.

No início da década de 90, o U2 já possuía a reputação de ser uma das melhores bandas “ao vivo” e decidiu passar a ser a banda mais inovadora na produção de shows. Para tanto, contratou o arquiteto Mark Fisher, até então um desconhecido, para desenhar o palco da Zoo TV Tour. O sucesso foi imenso e a parceria entre eles continua até agora – depois da Zoo TV o Mark acabou desenhando todos os palcos/shows do U2 e para outras bandas como os Rolling Stones, Pink Floyd, Genesis, AC/DC, etc. Mais recentemente, um dos seus feitos mais famosos: os shows de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Para esta tour, chamada 360˚, o U2 buscou diminuir a distância entre banda e platéia, sem perder a energia dos shows de estádio. O resultado é impressionante, não haviam lugares ruins, todo mundo pode ver tudo muito bem. O palco parecia uma nave espacial em formato de garras, com estruturas móveis que permitiam o giro completo da banda – além de um telão em alta definição, também circular e móvel.
A banda adentrou ao palco ao som de “Space Oddity” do David Bowie e começa o set-list com Breathe (do último CD). O show segue privilegiando músicas mais recentes (dos 3 últimos trabalhos), sempre intercalando alguns sucessos mais antigos, alguns covers (tocaram “Stand By Me” e foi maravilhoso) e uma linda surpresa: “The Unforgetable Fire”, uma das minhas músicas favoritas e raridade “ao vivo” – realmente inesquecível.
Um momento legal/curioso: no meio do show o Bono faz uma vídeo conferência com a Estação Espacial Internacional, de onde Guy Laliberté, criador do Cirque Du Soleil, trajando um “nariz de palhaço”, fez um breve relato de sua aventura espacial. Tudo é festa!

O U2 estava mais calmo, todos são cinqüentões, havia uma postura bem tranqüila e até humilde por parte da banda – talvez fruto da “proximidade” que o show queria promover.
Musicalmente poderosos e conceitualmente inovadores, eles se confirmam como a maior e melhor banda de rock que existe – e olha que sou fã dos Stones!

Fui! ... e gostei...

Ado

Obs: na minha página do YouTube (http://www.youtube.com/user/ces77) eu estarei postando alguns vídeos. O set list completo está abaixo:


Breathe
Get On Your Boots
Mysterious Ways
Beautiful Day
I Still Haven't Found What I'm Looking For / Stand By Me
Stuck In A Moment
No Line On The Horizon
Magnificent
Elevation
Until The End Of The World
The Unforgettable Fire
City Of Blinding Lights
Vertigo
I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight
Sunday Bloody Sunday
MLK
Walk On

BIZZ

One / Amazing Grace
Where The Streets Have No Name
Ultra Violet (Light My Way)
With Or Without You
Moment of Surrender